METEOROS QUE CAÍRAM DO CÉU?
(Por João Flavio Martinez)
Ellen. G. White, profetisa e baluarte da Igreja
Adventista do Sétimo Dia e da Igreja Adventista da Reforma, tem nos seus
escritos grande credibilidade e admiração por todos os membros dessas seitas.
Diz, em êxtase, o autor do livro Sutilezas do Erro (p. 30): ...Os testemunhos
orais ou escritos da Sra. White preenchem plenamente este requisito, no fundo e
na forma. Tudo quanto disse e escreve foi puro, elevado, cientificamente
correto e profeticamente exato. A Palavra de Deus diz que de uma mesma fonte
não pode sair bênção e maldição ao mesmo tempo (Tg 3.10). Ou é de Deus ou não.
Como nos foi dito por certo adventista: se um elo da corrente está podre, toda
corrente está comprometida. Baseado nesse raciocínio, gostaria de levar o
leitor ao questionamento, pois a inerrância só pertence a Deus e sua Palavra.
Se a Sra. White errou em um ponto, ela pode ter errado em muitos outros, e até
comprometido a salvação de alguém. O que vamos relatar abaixo não é com o
intuito de ofender ninguém, mas trazer à tona a falibilidade do homem.
Percebemos, no texto extraído do livro O Futuro Decifrado, como a profetisa
adventista se preocupa em fazer uma cronologia de eventos que se encaixem na
pseudoprofecia de 22 de outubro de 1844 — dia marcado pelos adventistas para a
volta de Cristo. Ela citou um evento isolado e o usou para florear a doutrina
do suposto advento que, mais tarde, passou a ser chamado de Juízo
Investigativo, quando Jesus teria saído do santo lugar e entrado no santíssimo
(referindo-se ao templo judaico). Até hoje esse evento é amplamente difundido
em seus livros a fim de mostrar que aquele engodo teve fundamento. Não só a
doutrina da volta de Cristo e o Juízo Investigativo estavam errados como também
os fatos astronômicos citados pela Sra.White estão fora de contexto. Mas os
atuais adventistas insistem em admitir que cientificamente estão corretos.
Tivemos, portanto, a alegria de escrever para o Planetário e Escola Municipal
de Astrofísica de São Paulo sobre o fato descrito pela Sra. White e ficamos
surpresos com o que obtivemos. É claro que, através da Palavra de Deus, já
sabíamos que tudo não passava de um engano, mas depois da carta recebida
percebemos que usar esse argumento até hoje é abusar da ingenuidade cultural do
povo brasileiro.
1) Ela associa a chuva de meteoros ao texto
de Ap 6.13. No entanto, ela se esquece que o v.14 está dentro de um contexto.
Se um dos fatos tivesse ocorrido, o outro não poderia passar desapercebido.
Vejamos, então, o que nos diz os vv. 13 e 14: E as estrelas do céu caíram sobre
a terra, como quando a figueira lança de si os seus figos verdes, abalada por
um vento forte. E o céu retirou-se como um livro que se enrola; e todos os
montes e ilhas foram removidos dos seus lugares. É fato concreto que o v.14 não
ocorreu, pois todas as ilhas e montes ainda estão intactos, mostrando que esta
teoria adventista é, com certeza, infundada. Se a predição do v.14 não ocorreu,
por conseqüência a do v. 13 também não. Isso deveria ser compreendido
facilmente pelos adventistas, mas o problema é a afirmação de E.G. White,
considerada por eles como o espírito da profecia: Esta profecia teve notável e
impressionante cumprimento na grande chuva meteórica de 13 de novembro de 1833.
Se ela disse que tal profecia teve o seu cumprimento, como dizer o contrário?
Como seguidores de E.G.White, os adeptos do Adventismo não têm como desmentir
ou corrigir a edificadora e codificadora das doutrinas dessa denominação.
2) De acordo com o Planetário e Escola
Municipal de Astrofísica de São Paulo, o evento em pauta só ocorre com essa
intensidade de 33 em 33 anos. Leiamos a carta que nos foi enviada: ...Apesar de
a Leonídea (chuva de meteoro) ocorrer anualmente, em intervalos de 33 anos,
aproximadamente, as chuvas são mais intensas, fato vinculado ao cometa com a
qual os Leonídeos estão associados: O Tempel (1866 I), cujo período orbital é
de 32,2 anos. (parênteses nosso.) Ou seja, assim como o cometa de Halley não é
um evento apocalíptico, também não o é a chuva de meteoros.
3) Há registros desse acontecimento desde o
ano 902 d.C. Assim, esse evento fica desqualificado como sendo sinais eminentes
da volta de Cristo. O que percebemos é que os adventistas querem mistificar o
dia 22/10/1844, sendo que foi o fato ocorrido em 1833 que concebeu a idéia da
suposta volta de Jesus Cristo. O que a Sra. White não imaginava é que, num
futuro próximo, a sua teoria a colocaria na posição de falsa profetisa.
Vejamos: Há registros de sua ocorrência desde o ano 902 de nossa era.
Entretanto, somente a partir do final do século XVIII é que os registros são
mais freqüentes, provavelmente pelo fato de os astrônomos profissionais e
amadores terem sido despertados ... A Sra. White errou no fato descrito acima e
qualquer estudante da Bíblia que observar as doutrinas adventistas perceberá
que eles estão equivocados. Não há dúvidas, esses erros qualificam a Sra. E.G.
White como falsa profetisa. A Palavra de Deus diz o seguinte: Mas o profeta que
tiver a presunção de falar em meu nome alguma palavra que eu não tenha mandado
falar, ou o que falar em nome de outros deuses, esse profeta morrerá. E, se
disseres no teu coração: Como conheceremos qual seja a palavra que o Senhor
falou? Quando o profeta falar em nome do Senhor e tal palavra não se cumprir,
nem suceder assim, esta é a palavra que o Senhor não falou; com presunção a
falou o profeta; não o temerás (Dt 18.20-22). Em seu livro O Futuro Decifrado,
Ed.32º, p.36, a Sra. White narra o seguinte: Em 1833... apareceu o último dos
sinais prometidos pelo Salvador como indícios de seu segundo advento. Disse
Jesus: As estrelas cairão do céu (S. Mateus 24.29). E S. João, no Apocalipse,
declarou, ao contemplar em visão as cenas que deveriam anunciar o dia de Deus:
E as estrelas do céu caíram sobre a terra, como quando a figueira lança de si
os seus figos verdes, abalada por um vento forte (Apocalipse 6.13). Esta
profecia teve notável e impressionante cumprimento na grande chuva meteórica de
13 de novembro de 1833.
NINGUÉM VOS JULGUE PELOS SÁBADOS!
Por Natanael Rinaldi
Mandaram-me, pelo correio, um
livrete com o título “Qual o verdadeiro dia de repouso?”. De autoria de
Williams Costa Jr. e Alejandro Bullón, ambos pastores adventistas, a obra é
distribuída pelo curso “Está Escrito”, da referida seita. O texto é composto de
perguntas e respostas. Acredito que esse
material me foi enviado por alguém que conhece a minha posição com relação aos
ensinos adventistas sobre a guarda do sábado, posição essa exposta ao longo dos
anos aqui mesmo em Defesa da Fé, e também em programas de rádios e seminários, entre
outros eventos. Tanto é assim que fui até mesmo citado pelos autores no
livrete, o que me motivou ainda mais a me pronunciar. Aproveito a oportunidade
também para responder, de uma só vez, às cartas e aos telefonemas, que não são
poucos, que chegam, por parte dos adventistas, ao ICP. Dessa forma, eles me
criticam e instigam a replicar seus argumentos sabatistas ardilosos e
polêmicos. Alguns desses argumentos são, de certa forma, infantis, como se vê
na página 12 do livro em referência. Vejamos:
– Wiams, você fala inglês,
como se diz domingo em inglês? – pergunta Bullón.
– Sunday – responde Costa
Júnior.
– E o que quer dizer Sunday? –
Bullón novamente.
– O dia do sol. E não é
somente em inglês, em alemão também. Eu não falo alemão, mas em algumas línguas
o domingo significa o dia do sol – finaliza Costa.
Qualquer criança que estuda
inglês sabe que a palavra para sábado nessa língua é saturday. Se perguntarmos
a essa mesma criança qual o significado do termo saturday ela responderá “o dia
de Saturno”. Quem era Saturno? Um deus pagão, do qual vem o vocábulo saturnais,
que indica uma festa realizada com licenciosidade e baixeza moral. Mas o
adventista dá valor apenas ao argumento sobre a palavra sunday, mesmo sabendo
que todos os dias da semana eram conhecidos por nomes de deuses ou planetas: o
Sol (domingo), a Lua (segunda-feira), Marte (terça-feira), Mercúrio
(quarta-feira), Júpiter (quinta-feira), Vênus (sexta-feira) e Saturno (sábado).
Para um líder espiritual de uma igreja que se vangloria por conhecer
profundamente a Bíblia (o que não é verdade, pois os adventistas baseiam seus
ensinos nas visões e revelações de Ellen Gould White), esse argumento infantil
tem validade. Embora os adventistas queiram ser reconhecidos como evangélicos,
na verdade são sabatólatras. São sucessores dos fariseus dos dias de Jesus, que
levaram o Mestre à morte por causa de duas acusações. A primeira delas era
porque o Salvador não guardava o sábado. A segunda, porque Jesus se declarava
Filho de Deus, com natureza igual à de Deus. Isso era caso gravíssimo para os
judeus. Imperdoável mesmo! Por isso, pois, os judeus “Ainda mais procuravam
matá-lo, porque não só quebrantava o sábado, mas também dizia que deus era seu
próprio Pai, fazendo-se igual a Deus”(Jo 5.17-18). Através de um exame, ainda
que superficial, do livro “Qual o verdadeiro dia de repouso?”, percebe-se
facilmente que faltou seriedade intelectual aos seus autores. Não é possível
que alguém se proponha a defender o sábado como sendo o verdadeiro dia de
repouso e, propositadamente, ao citar as Escrituras como prova da sua validade,
omita a palavra sábado (no plural, sábados) de Colossenses 2.16. Pois é
justamente dessa forma que o senhor Bullón age. Vejamos o diálogo entre ele e o
pastor Costa Júnior:
Pastor COSTA JÚNIOR – (referindo-se aos crentes que costumam
dizer)... “eu sou cristão, sou seguidor de Jesus e guardo o domingo. E uma das
razões pelas quais eu guardo o domingo é porque Jesus foi perfeito. Ele cumpriu
a Lei e Ele pregou a Lei na cruz. Pastor Bullón, há necessidade de continuar
guardando a Lei, apesar de Jesus ter feito seu sacrifício na cruz?”
Pastor BULLÓN – “Muitos cristãos acham que depois da morte de
Cristo já não se deve guardar mais o sábado porque Cristo cravou na cruz os
mandamentos de Deus. Em primeiro lugar, não há base bíblica dizendo que Jesus
cravou os mandamentos de Deus. Jesus cravou na cruz todas as festas do povo de
Israel, que apontavam para a sua vinda, como o sacrifício do cordeiro e a
circuncisão. Muitas das festas, cerimônias e leis cerimoniais do povo de Israel
tinham como objetivo anunciar que Jesus viria para morrer na cruz do Calvário
pelos nossos pecados. Agora, uma vez que Jesus veio, para que sair sacrificando
cordeirinhos se o Cordeiro de Deus já fora sacrificado? A circuncisão, as
festas, as luas novas, as festas religiosas de Israel, tudo isto chegou ao fim
porque, isto sim, Jesus cravou na cruz do Calvário” (p. 4). Todos sabemos que a
honestidade é fundamental quando se trata de refutar doutrinas bíblicas.
Pergunto: por que foi omitida propositadamente a palavra “sábados” de
Colossenses 2.16? Vimos que os autores falaram das festas, das luas novas, mas
omitiram a palavra “sábados”. Por que fizeram isso? Vejamos o que de fato foi
cravado na cruz (o que é reconhecido pelos próprios adventistas): “Portanto,
ninguém vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa dos dias de festa,
ou da luz nova, ou dos sábados, que são sombras das coisas futuras, mas o corpo
é de Cristo” (Cl 2.16-17). Como podemos ver, à luz da Palavra de Deus, não
foram apenas os dias de festas, as luas novas cravados na cruz, mas também os
sábados. E devemos saber que esses sábados não são os sábados anuais, porque os
chamados sábados anuais ou cerimoniais são identificados no texto em pauta pela
expressão dias de festas.
RAZÕES QUE INDICAM QUE OS SÁBADOS DE CL 2.16 SÃO SEMANAIS
Diante da clareza de Cl
2.16-17, os adventistas do sétimo dia costumam refutar essa posição alegando
que a palavra sábados não se refere ao sábado semanal, mas aos cerimoniais ou
anuais, conforme mencionados em Lv 23.1-39.
ESSA AFIRMAÇÃO, NO ENTANTO, NÃO É CORRETA, E POR TRÊS RAZÕES:
A - Os sábados anuais ou
cerimoniais eram chamados de festas, e eles já estão incluídos na frase dias de
festa, em Cl 2.16. Esses dias de festa ou sábados anuais eram designados como
tais. A saber:
1 Festa da Páscoa - Lv 23.5,7;
2 Festa dos Asmos - Lv 23.8;
3 Festa de Pentecostes - Lv
23.15-16;
4 Festa das Trombetas - Lv
23.23-25;
5 Festa da Expiação - Lv
23.26,32;
6 Festa dos Tabernáculos - 1º
dia de festa;
7 Festa dos Tabernáculos -
último dia de festa - Lv 23.34,36.
Em Levíticos 23.37, lemos:
“Estas são as solenidades do SENHOR, que apregoareis para santas
convocações...”. Na seqüência do texto, mas precisamente no v. 38, os sábados
são, propositadamente, excluídos. Vejamos: “Estas ofertas são além dos sábados
do Senhor, além dos vossos dons, além de todos os vossos votos, e além de todas
as vossas ofertas voluntárias que dareis ao Senhor”. Assim, os chamados sábados
anuais estão incluídos nos dias de festas, o que mostra, distintamente, que os
sábados semanais, conforme indicados por Paulo em Cl 2.16, não constam dessa
relação: “Portanto, ninguém vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa
dos dias de festa, ou da luz nova, ou dos sábados, que são sombras das coisas
futuras, mas o corpo é de Cristo”. B - A fórmula dias de festa, luas novas e
sábados serve para indicar os dias sagrados anuais, mensais e semanais:
1º Exemplo:– Em Números 28 encontramos os holocaustos para os
sábados (semanais), para as luas novas (mensais) e para os dias de festa
(anuais) nos seguintes versículos: “... no dia de sábado dois cordeiros de um
ano, sem mancha... Holocausto é do sábado em cada semana...” (vv. 9,10). “E as
suas libações serão a metade dum him de vinho para um bezerro... este é o
holocausto da lua nova de cada mês, segundo os meses do ano” (v. 14). “Porém no
mês primeiro, aos catorze dias do mês, é a páscoa do Senhor; e aos quinze dias
do mesmo mês haverá festa; sete dias se comerão pães asmos” (vv. 16,17).
2º Exemplo:– Em 1 Crônicas 23.31, lemos: “E para cada oferecimento
dos holocautos do Senhos, nos sábados, nas luas novas e nas solenidades por
conta, segundo o seu costume, continuamente”. O significado de cada período:
“nos sábados” (cada semana), “nas luas novas” (cada mês) e “nas solenidades”
(cada ano).
3º Exemplo:– Em 2 Crônicas 2.4 está escrito: “Eis que estou para
edificar uma casa ao nome do Senhor meu Deus, para lhe consagrar, para queimar
perante ele incenso aromático, e para o pão contínuo da proposição, e para os
holocaustos da manhã e da tarde, nos sábados e nas luas novas e nas
festividades do Senhor nosso Deus...”. O significado de cada período: “da manhã
e da tarde” (cada dia), “nos sábados” (cada semana), “nas luas novas” (cada
mês) e “nas festividades” (cada ano).
4º Exemplo:– Em 2 Crônicas 8.13, registra-se: “E isto segundo o
dever de cada dia, oferecendo segundo o preceito de Moisés, nos sábados e nas
luas novas, e nas solenidades, três vezes no ano”. O significado dos períodos:
“nos sábados” (cada semana), “nas luas novas” (cada mês) e “nas solenidades”
(cada ano).
5º Exemplo:– Em 2 Crônicas 31.3, lemos o seguinte: “Também
estabeleceu a parte da fazenda do rei para os holocaustos, para os holocaustos
da manhã e da tarde, e para os holocaustos dos sábados, e das luas novas, e das
solenidades, como está escrito na lei do Senhor”. O significado dos períodos:
“da manhã e da tarde” (cada dia), “nos sábados” (cada semana), “nas luas novas”
(cada mês) e “das solenidades” (cada ano).
6º Exemplo:– Em Ezequiel 45.17, lemos: “E estarão a cargo do
príncipe os holocaustos, e as ofertas de manjares, e as libações nas festas e
nas luas novas, e nos sábados, em todas as solenidades da casa de Israel”.
Significado dos períodos: “nas festas” (cada ano), “nas luas novas” (cada mês)
e “nos sábados” (cada semana).
7º Exemplo: – Em Oséias 2.11 está escrito: “E farei cessar todo o
seu gozo, a suas festas, as suas luas novas, e os seus sábados, e todas as suas
festividades. E, finalmente, temos Cl 2.16-17: “Portanto, ninguém vos julgue
pelo comer, ou pelo beber, ou por causa dos dias de festa, ou da luz nova, ou
dos sábados, que são sombras das coisas futuras, mas o corpo é de Cristo”. O
significado dos períodos desses dois textos é o mesmo dos anteriores. C- As
palavras sábado, sábados e dia de sábado (no singular ou no plural) ocorrem
sessenta vezes no Novo Testamento. Mas os adventistas do sétimo dia reconhecem
que apenas 59 dos casos se referem ao sábado semanal. Negam justamente o texto
de Cl 2.16. Dizem eles: “Os termos sábado, sábados e dia de sábado ocorrem
sessenta vezes no Novo Testamento e em cada caso, exceto um, refere-se ao
sétimo dia. Colossenses 2.16,17 faz referência aos sábados anuais relacionados
com as três festas anuais observadas por Israel antes do primeiro advento de
Cristo” (Estudos bíblicos, p. 378, CPB). Se perguntarmos aos adventistas qual o sentido
da palavra sábados em qualquer passagem do Novo Testamento em que ela aparece,
a resposta será sempre a mesma: sábado semanal. A única exceção é Colossenses
2.16. Por quê? Porque teriam de reconhecer a procedência da nossa declaração de
que, segundo essa referência bíblica, o sábado semanal deixou de ser uma
obrigação para os cristãos. Repetindo: se dermos à palavra sábados, em Cl 2.16,
o sentido semanal teremos em favor da nossa interpretação 59 referências
reconhecidas por eles. Mas, ao darem à palavra sábados, em Cl 2.16, o sentido
de sábados anuais ou cerimoniais, eles não têm nenhuma referência que apoie sua
interpretação. Por isso argumentam dessa forma. Caso contrário, teriam de
reconhecer que o sábado foi abolido na cruz: “Porque o fim da lei é Cristo para
justiça de todo aquele que crê” (Rm 10.4).
“MEUS SÁBADOS E SEUS SÁBADOS”
Os adventistas do sétimo dia
dizem que a expressão meus sábados indica a distinção entre os sábados semanais
e os sábados cerimoniais. Mas isso não é bíblico. As duas expressões são
utilizadas para indicar os mesmos sábados - os semanais. São de Deus - meus
sábados - porque foram dados por Ele. E são dos judeus - seus sábados - porque
foram dados para eles.
VEJAMOS A APLICAÇÃO DOS PRONOMES MEUS E SEUS NA BÍBLIA:
A - O Templo - Is 56.7
comparado com Mt 23.38 (minha casa, vossa casa);
B - O mesmo Deus indicado por
meu Deus e vosso Deus - Jo 20.17
C - Os mesmos sacrifícios e
holocaustos são chamados de meus e vossos em Nm 28.2. Comparar com Dt 12.6. Resposta
às outras citações bíblicas:
PASTOR COSTA JÚNIOR – PASTOR, QUAL É O FUNDAMENTO BÍBLICO, QUE NÓS
TEMOS, PARA O VERDADEIRO DIA DE GUARDA? QUAL O VERDADEIRO DIA DE REPOUSO?
Pastor BULLÓN – Teríamos de
ir, para esta resposta, ao início da criação deste mundo. No capítulo 2 do
livro de Gênesis, versículos de 1 a 3, diz assim: “Assim, pois, foram acabados
os céus e a terra e todo o seu exército. E, havendo Deus terminado no dia
sétimo a sua obra, que tinha feito. E abençoou Deus o dia sétimo e o
santificou; porque nele descansou de toda a obra que, como Criador, fizera”. Se
o sábado semanal deve ser o dia de repouso, por que então Deus trabalhou nele?
O texto é claro: “E, havendo Deus terminado no dia sétimo a sua obra, que tinha
feito”. Deus não terminou sua obra da criação no sexto dia e descansou no
sétimo. Ele trabalhou no sétimo dia, e descansou no mesmo dia em que concluiu a
obra da criação. Ora, se se invoca o descanso de Deus para impingir-se a guarda
desse dia como sendo o dia de repouso, como admitir que Deus trabalhou
justamente nesse dia? E se Ele trabalhou para concluir a obra da criação, então
não é pecado trabalhar nesse dia seguindo o exemplo de Deus! O senhor Bullón
declara: “Você sabe que Deus não se cansa, nem se fadiga. Portanto, se Ele
descansou no sábado não era porque estava cansado”. Seguindo esse raciocínio de
Bullón, o registro bíblico merece correção, porque está declarando algo que não
é verdade. Devemos ver uma coisa, se o
senhor Bullón queria apenas indicar com isso que o sétimo dia deveria ser de
descanso universal, surge então uma pergunta: “Todos os homens da terra têm o
dia sétimo, ao mesmo tempo, como dia de repouso, inclusive o próprio Deus? Diz
a Bíblia que o sábado deveria ser guardado a partir do pôr-do-sol de
sexta-feira até o pôr-do-sol do sábado (Lv 23.32). Logo, os habitantes da terra
teriam de guardar o mesmo período. Mas, quando são 6 horas da manhã de sábado
aqui no Brasil, no Japão são 6 horas da tarde. E isto significa que, quando os
guardadores do sábado aqui se levantam para guardá-lo, os seus irmãos japoneses
o acabaram de guardar. E quando os brasileiros começarem a guardar o sábado,
seus irmãos na Califórnia, USA, trabalharão ainda durante cinco horas antes de
começarem a guardá-lo. Qual dos grupos de guardadores do sábado estarão
realmente observando o período de tempo que Deus descansou ao concluir a obra
da criação?
Os adventistas guardam realmente o sábado?
Dentro das exigências da lei
estava a proibição de acender fogo no dia de sábado: “Não acendereis fogo em
nenhuma das vossas moradas no dia do sábado” (Êx 35.3). Isso significa que é
proibido acender qualquer tipo de fogo, seja um fósforo ou um fogão a gás.
Implica também na proibição de andar de carro movido a combustão. Os judeus
radicados no Brasil, notadamente os de São Paulo, onde se localiza a maioria
deles, vão à sinagoga a pé no dia de sábado, e não de carro, respeitando as
observâncias com relação a esse dia. Caro leitor, pergunte ao primeiro
adventista que lhe falar sobre a obrigatoriedade da guarda do sábado se ele
acende fogo nesse dia? Observe como ele titubeia e não sabe como responder!
Falta-lhe coragem para admitir que sim. Paulo declarou: “Todos aqueles, pois,
que são das obras da lei estão debaixo da maldição; porque está escrito:
Maldito todo aquele que não permanecer em todas as coisas que estão escritas no
livro da lei, para fazê-las. E é evidente que pela lei ninguém será justificado
diante de Deus, porque o justo viverá da fé” (Gl 3.10-11). Assim, os
adventistas estão sob a maldição da própria lei que pretendem guardar. Pior,
agem como os fariseus, que punham fardos pesados sobre os ombros do povo e eles
mesmos não tocavam nem com a mão. Mas Jesus os denunciou: “Pois atam fardos
pesados e difíceis de suportar, e os põem aos ombros dos homens; eles, porém,
nem com o dedo querem movê-los” (Mt 23.4). O mesmo disse Pedro: “Agora, pois,
por que tentais a Deus, pondo sobre a cerviz dos discípulos um jugo quem nem
nossos pais nem nós pudemos suportar? Mas cremos que seremos salvos pela graça
do Senhor Jesus Cristo, como eles também” (At 15.10,11). E Paulo reitera a
impossibilidade da guarda da lei, que não era completa apenas com os dez
mandamentos. O que abrangia o livro da lei? Nada menos do que 613 mandamentos,
mas os adventistas resolveram criar apenas duas leis. Uma delas denominaram
como Lei Moral, os dez mandamentos, e o restante como Lei de Moisés, cancelada
na cruz. Fácil, não? Baseados em quê fizeram essa distinção de leis? Tem apoio
bíblico? Onde aparecem na Bíblia expressões como Lei Moral e Lei Cerimonial?
Por isso confessam: “Seria útil classificarmos as leis do Velho Testamento em
várias categorias: 1. Lei moral; 2. Lei Cerimonial; 3. Lei Civil, 4. Estatutos
e Juízos; 5. Leis de saúde. Esta classificação é, em parte, artificial” (Lições
da Escola Sabatina, Lição n. 2, p. 18, de 8-1-1980). Pastor BULLÓN – Então,
como eu posso saber, pela Bíblia, que depois da morte de Cristo, os seus
discípulos ainda continuaram guardando o sábado? Muito simples: em S. Lucas,
capítulo 23, a partir do versículo 50, está relatado como José de Arimatéia foi
reclamar o corpo de Cristo. Cristo já estava morto. Dentre as pessoas havia
algumas mulheres. “Era o dia da preparação, e começava o sábado. As mulheres
que tinham vindo da Galiléia com Jesus, seguindo, viram o túmulo e como o corpo
fora ali depositado. Então, se retiraram para preparar aromas e bálsamos. E, no
sábado, descansaram, segundo o mandamentos” (Lc 23.54-56). Ou seja, Jesus já
havia morrido, e no sábado, o primeiro sábado após a morte de Cristo, as
mulheres ainda continuaram guardando o mandamento do sábado. Ora, se os
próprios sabatistas reconhecem que o nosso argumento para a guarda do primeiro
dia da semana, como dia do Senhor (Ap 1.10), é decorrente da ressurreição de
Jesus, ocorrida no primeiro dia da semana (Lc 24.1-3), e o texto de Lc 23.54-55
se refere ao descanso das mulheres no sábado antes da ressurreição, que valor
tem o exemplo dessas piedosas mulheres judias para nós, cristãos? Pastor BULLÓN
– A Bíblia está cheia de referências de que Jesus guardou o sábado quando viveu
nesta terra. E quem quer ser cristão, quer seguir a Jesus. Porque cristão é
aquele que faz o que Jesus fez. Jesus guardou o sábado porque era judeu e
nasceu sob a lei (Gl 4.4), portanto obedeceu todas as leis do Antigo Concerto.
Como exemplo de cidadão judeu, Ele foi circuncidado, ordenou a entrega de
oferendas ao sacerdote pela purificação, guardou a festa da Páscoa, etc (Lc
2.21-24; 5.12-14; Mt 26.18,19). Mas, quando morreu, Ele inaugurou uma nova
aliança e revogou a velha (Jo 19.30; Mt 27.51). “Mas, antes que a fé viesse
estávamos guardados debaixo da lei, e encerrados para aquela fé que se havia de
manifestar. De maneira que a lei nos serviu de aio, para nos conduzir a Cristo,
para que pela fé fôssemos justificados. Mas, depois que veio a fé, já não
estamos debaixo do aio” (Gl 3. 23-25). Se o fato de Jesus ter guardado a Páscoa
não prova que também devemos guardá-la, ou se o fato de Ele ter-se circuncidado
não recomenda que também devemos nos circuncidar, do mesmo modo não devemos
também guardar o sábado por que Ele o guardou.
A NATUREZA DOS MANDAMENTOS DE JESUS
A que Jesus se referia quando
falava de seus mandamentos? Os adventistas associam a palavra ‘mandamentos’ no
Novo Testamento aos dez mandamentos. Mas esse modo de pensar não é correto.
Jesus foi bem específico quando falou de seus mandamentos. Vejamos a que Jesus
se referia quando falava de mandamentos: - “Um novo mandamento vos dou: que vos
ameis uns aos outros; como eu vos amei a vós, que também vós uns aos outros vos
ameis” (Jo 13.34); - “O meu mandamento é este: que vos ameis uns aos outros,
assim como eu vos amei” ( Jo 15.12);- “O seu mandamento é este: que creiamos no
nome de seu Filho Jesus Cristo, e nos amemos uns aos outros, segundo seu
mandamento” (1Jo 3.23); - “E dele temos este mandamento: que quem ama a Deus,
ame também seu irmão” (1Jo 4.21);- “E agora, senhora, rogo-te, não como
escrevendo-te um novo mandamento, mas aquele mesmo que desde o princípio
tivemos: que nos amemos uns aos outros” (2Jo 5). O leitor pode perceber que em
nenhum dos textos acima se fala na guarda do sábado.
O NOVO TESTAMENTO NÃO REPETE OS DEZ MANDAMENTOS
Não há dúvida de que o Novo
Testamento cita mandamentos do Velho Testamento. Fala de toda a Lei de Moisés,
mas não repete o quarto mandamento em nenhum lugar. Façamos uma comparação dos
dez mandamentos dentro do Novo Testamento:
VELHO TESTAMENTO
1º mandamento - Êx 20.2,3
2º mandamento - Êx 20.4-6
3º mandamento - Êx 20.7
4º mandamento - Êx 20.8-11
5º mandamento - Êx 20.12
6º mandamento - Êx 20.13
7º mandamento - Êx 20.14
8º mandamento - Êx 20.15
9º mandamento - Êx 20.16
10º mandamento - Êx 20.17
NOVO TESTAMENTO
1º At 14.15
2º 1Jo 5.21
3º Tg 5.12
4º Não existe
5º Ef 6.1-3
6º Rm 13.9
7º 1Co 6.9,10
8º Ef 4.28
9º Cl 3.9
10º Ef 5.3
Pastor BULLÓN – Mesmo São
Paulo, que não foi discípulo de Jesus, pois São Paulo se converteu depois, ou
seja, já se havia passado anos e São Paulo disse que quando chegou a Corinto
foi, aos sábados, à sinagoga: “E todos os sábados discorria na sinagoga, persuadindo
tanto judeus como gregos... O texto bíblico diz: “Todos os sábados discorria na
sinagoga, persuadindo tanto judeus como gregos”. (A citação correta é Atos
18.4, e não Lucas 18.4, como indicado no livrete). E os gregos não guardavam o
sábado, portanto Paulo não ia por causa dos judeus, ele ia porque reconhecia que
o sábado era o dia do Senhor. O sábado era o dia quando pessoas se juntavam na
sinagoga para adoração dentro do culto judaico. A maioria dos participantes era
judeu. Os gregos compareciam em menor número. Paulo aproveitou essas
oportunidades para ensinar que Jesus era o Cristo prometido nas Escrituras do
Velho Testamento, procurando ganhar aquelas pessoas para Jesus Cristo. E fez de
tudo para conseguir seu objetivo: “Fiz-me como judeu para com os judeus, para
ganhar os judeus; para os que estão debaixo da lei, como se estivesse debaixo
da lei, para ganhar os que estão debaixo da lei. Para os que estão sem lei,
como se estivesse sem lei (Não estando sem lei para com Deus, mas debaixo da lei
de Cristo), para ganhar os que estão sem lei Fiz-me tudo para todos, para por
todos os meios chegar a salvar alguns. E eu faço isto por causa do evangelho,
para ser também participante dele” (1Co 9.19-23). Foi dessa forma que
circuncidou Timóteo (At 16.3) e declarou que a circuncisão nada vale (Gl 5.2;
6.15); observou o Pentecostes (At 20.16); tosquiou a cabeça (At 18.18); e fez
ofertas segundo a lei (At 21.20-26). Sua explicação para a observância de todas
essas práticas judaicas está no desejo que tinha de ganhar os judeus e os
gregos para Cristo. Será que os adventistas circuncidam pessoas como Paulo o
fazia? Observam o Pentecostes? Tosquiam suas cabeças? Fazem ofertas segundo a
lei? Que parcialidade dos adventistas: só se lembram do sábado! É muito sectarismo
da parte deles! Outra declaração absurda é a que diz que Paulo “não ia por
causa dos judeus, ele ia porque reconhecia que o sábado era o dia do Senhor”.
Interessante! Paulo escreveu treze cartas, e se considerarmos Hebreus como
sendo de sua autoria, teremos quatorze. Será que Paulo se esqueceu de dizer
isso em suas epístolas: que o sábado era o dia do Senhor? Quanto à observância
do sábado, Paulo declarou: “Guardais dias (sábados) e meses, (luas novas), e
tempos, e anos (festas anuais). Receio de vós que não haja trabalho em vão para
convosco” (Gl 4.10-11). A preocupação de Paulo era com o fato de os gálatas
estarem se voltando para o judaísmo.
Pastor COSTA JÚNIOR – Existe
um fundamento bíblico para nós guardarmos outro dia que não o sábado, seja qual
for a razão?
Pastor BULLÓN –Existe aqui uma
declaração, que eu vou ler, no livro de Hebreus, capítulo 4, versículos 4,5 e
9, que diz assim: “Porque, em certo lugar, assim disse, no tocante ao sétimo
dia: E descansou Deus, no sétimo dia, de todas as obras que fizera. E
novamente, no mesmo lugar: Não entrarão no meu descanso... Portanto, resta um
repouso para o povo de Deus”. Isto quer dizer que, para a Igreja de Deus dos
nossos dias, continua um dia de repouso (p. 7). É evidente que o repouso de que
se trata aqui nada tem a ver com o repouso do sétimo dia indicado no quarto
mandamento, senão o repouso de uma de fé em Deus. A idéia central do texto é:
A - Deus repousou depois de
haver criado o mundo;
B - Os profetas falaram de
antemão de um outro dia (Sl118.24), em vez do sétimo, para comemorar o repouso
maior que se seguiria a uma obra maior do que a criação;
C - A este repouso maior,
Josué nunca pode guiar o seu povo;
D - Jesus, havendo terminado
sua obra de redenção na cruz (Jo 19.30), repousou Ele mesmo no primeiro dia da
semana (Mc 16.9), como Deus havia repousado da sua;
E - Na cruz foi abolido o
sábado (Os 2.11 comparado com Cl 2.14-17);
F - Portanto, em comemoração
ao glorioso repouso que se seguiu a uma obra maior de redenção, resta guardar um
descanso para o povo de Deus. Esse descanso encontramos em Jesus (Mt 11.28-30);
G - Foi necessário esse
argumento para mostrar ao judeu, que se gloriava no seu sábado, que o cristão
tem um descanso melhor e superior ao sábado (Ap 1.10, Sl 118.22-24).
Pastor BULLÓN – Porém, na
História, descobrimos que houve um imperador romano, chamado Constantino, que
no ano 331 DC definitivamente tornou-se cristão, mas com uma condição: “Ele
disse: eu vou me tornar cristão, mas junto comigo, eu quero trazer muitas coisas
nas quais acredito. E ele guardava o domingo e, oficialmente, a partir do ano
331 passou-se a guardar o domingo como dia santo. Mas, este é um legado que vem
do paganismo, de Constantino (p. 10). Se tal absurdo fosse escrito por um
adventista leigo, não teríamos dificuldades em entender a sua falta de
conhecimento histórico relativo ao imperador Constantino. Mas não dá para
entender uma pessoa que se intitula escritor e líder de uma igreja que se vangloria
de conhecer a Bíblia jogar, através de um curso bíblico, esse absurdo na mente
do povo, mediante emissoras de rádio e TV, e ainda se dá ao luxo de publicá-la
em livrete e espalhá-la por todo o Brasil. Essa é uma atitude suspeita e
vergonhosa. Quando foi que o imperador Constantino condicionou sua adesão ao
cristianismo à exigência de trazer para o “arraial cristão” aquilo que
pertencia ao paganismo? Em que parte da história isso é mencionado? Se o
paganismo já guardava o domingo - como afirma o pastor Bullón - por que então o
decreto de Constantino em 331 DC feito nesse sentido? Os adventistas raciocinam
do mesmo modo que as testemunhas de Jeová fazem em relação à deidade absoluta
de Jesus. As testemunhas de Jeová ensinam, em seus livros, que a Doutrina da
Trindade foi firmada no Concílio de Nicéia, em 325 DC, presidido por
Constantino. Se o senhor Bullón admite que a instituição do primeiro dia da
semana como dia do Senhor em memória da ressurreição de Cristo é de origem pagã
porque Constantino decretou esse dia de guarda ao se tornar cristão, os
adventistas deveriam, na verdade, ser chamados de pagãos por adotarem a
doutrina da Trindade em cujo Concílio foi instituída essa doutrina? Os
adventistas concordam com as testemunhas de Jeová que nos acusam de paganismo
por crermos na deidade de Jesus e na doutrina da Trindade?
A INSTITUIÇÃO DO PRIMEIRO DIA DA SEMANA COMO DIA DO SENHOR
No Salmo 118:22-24, lemos: “A
pedra que os edificadores rejeitaram tornou-se cabeça de esquina. Da parte do
Senhor se fez isto: maravilhoso é aos nossos olhos. Este é o dia que fez o
Senhor; regozijemo-nos, e alegremo-nos nele”. Essa passagem foi aplicada por
Jesus a si mesmo em Mt 21.42: “Disse-lhes Jesus: Nunca lestes nas Escrituras: A
pedra, que os edificadores rejeitaram, essa foi posta por cabeça do ângulo;
pelo Senhor foi feito isto, e é maravilhoso aos nossos olhos?”. Não é algo
difícil darmos a interpretação correta dessa referência bíblica. A pedra
rejeitada é Jesus Cristo (At 4.11,12). Ele iniciou seu ministério reivindicando
ser Filho de Deus, igual a Deus (Jo 10.30-33). E, ao ser acusado de quebrar o
sábado (Jo 5.16-18), foi rejeitado e crucificado (Jo 19.1-7). Isto se deu numa
sexta-feira (Mc 15.42-47). Mas a morte não pôde retê-lo e, ao terceiro dia,
ressurgiu dentre os mortos. Esse fato aconteceu no primeiro dia da semana: “E
Jesus, tendo ressuscitado na manhã do primeiro dia da semana, apareceu
primeiramente a Maria Madalena, da qual tinha expulsado sete demônios” (Mc
16.9). Outras referências são: Jo 20.1,19,20; Mt 28.18. Diz a Bíblia sobre o
dia da ressurreição de Jesus: “Este é o dia que fez o Senhor; regozijemo-nos e
alegremo-nos nele”. Ao levantar seu Filho dentre os mortos, fez Deus essa coisa
maravilhosa. E essa “coisa maravilhosa” se deu no primeiro dia da semana.
A EXPRESSÃO ‘DIA DO SENHOR’ DE APOCALIPSE 1.10
O significado da expressão
‘dia do Senhor’ de Ap 1.10 é encontrada em algumas traduções da Bíblia, como
segue: “Eu fui arrebatado em espírito num dia de domingo...” (Tradução de
Antônio Pereira de Figueiredo) “Num domingo, caindo em êxtase, ouvi atrás de
mim uma voz...” (Edições Paulinas) “Um dia de domingo, fui arrebatado em
espírito” (tradução de Mattos Soares) “No dia do Senhor: no domingo” (anotação
no rodapé da TLH) Dizem os líderes da Igreja Adventista do Sétimo Dia, o
Remanescente, no seu livro “Sonhos e visões de Jeanine Sautron”, pp. 384/85,
que “Samuel Bacchiocchi (líder adventista) realiza seminários no ‘Dia do
Senhor” referindo-se ao Domingo. Em seu livro FROM SABBATH TO SUNDAY (Do Sábado
Para o Domingo) o ‘dia do Senhor’ é mencionado como sendo o domingo 51 vezes
somente nas primeiras 160 páginas do livro.
PROVAS ADICIONAIS DOS PAIS DA IGREJA
“Aqueles que estavam presos às
velhas coisas vieram a uma novidade de confiança, não mais guardando o sábado,
porém vivendo de acordo com o ‘dia do Senhor’”. (Inácio, 100 A D). “No dia
chamado domingo há uma reunião num certo lugar de todos os que habitam nas
cidades ou nos campos, e as memórias dos apóstolos e os escritos dos profetas
são lidos” (Justino Mártir 140 A D.). “Nós guardamos o dia oitavo com alegria,
no qual também ressurgiu dos mortos e tendo aparecido ascendeu ao céu”
(Barnabé, 120 A D). “Num dia, o primeiro da semana, nós nos reunimos” (Bardesanes,
180 A D.). Como vemos pelos testemunhos dos pais da igreja primitiva e
diferentemente do que afirma o pastor Bullón (p. 9), a igreja cristã não
guardava o sábado, mas o dia glorioso da ressurreição de Jesus. É como disse o
próprio Bullón: Eu acredito que muitos cristãos sinceros acreditam que porque
Jesus ressuscitou no domingo, eles têm de guardar o domingo. É uma maneira
bonita de homenagear a ressurreição de Cristo, e eu também fico feliz porque
Jesus ressuscitou num domingo, mas já pensou se Jesus tivesse morrido e nunca
tivesse ressuscitado, o que seria da cristandade? (p. 8) Exatamente isso,
pastor Bullón! O que seria da cristandade se Jesus não tivesse ressuscitado?
Paulo responde a essa pergunta dizendo simplesmente que não haveria
cristianismo: “E, se Cristo não ressuscitou, logo é vã a vossa fé,... E, se
Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé, e ainda permaneceis nos vossos
pecados” (1Co 15.14,17). Está aí a importância da ressurreição e devemos então
ter presente que os dias são iguais entre si e existem dias mais importantes
uns dos que outros, por causa dos fatos que eles registram. Para um cristão é
mais importante o dia em que Deus terminou a criação do mundo ou o dia da
ressurreição gloriosa de Jesus? A resposta só pode ser uma para um cristão
genuíno: o dia da ressurreição de Jesus. Quanto a esse dia, diz o salmista:
“Este é o dia que fez o Senhor; regozijemo-nos e alegremo-nos nele”. Pastor
COSTA JÚNIOR – Em primeiro lugar, eu gostaria de dizer uma coisa, que precisa
ficar bem clara na nossa mente: ninguém guarda o sábado para salvar-se. Se você
acha que tem de guardar o sábado para se salvar, você está perdido (p. 13) Ou o
pastor Costa está perdido ou a Sra. White. Ela declarou que a guarda do sábado
é fundamental para a salvação. Textualmente ela escreveu: “Santificar o sábado
ao Senhor importa em salvação eterna” (Testemunhos Seletos, vol. III, p. 22 -
2ª edição, 1956). Um pastor que sai em público fazendo declarações sobre as
crenças adventistas porventura ignora esse ensino de Ellen Gould White? Ou o
conhece mas quis encobri-lo para dar a idéia que não é bem assim como os
opositores declaram dos adventistas: que eles ensinam que a guarda do sábado é
fundamental para a salvação? Mais uma
pergunta: “como os benefícios da morte de Cristo, segundo EGW, no livro ‘O
Grande Conflito’, podem ser aplicados a nós?”. Ela declara: “...Todos os que
verdadeiramente se tenham arrependido do pecado e que pela fé hajam reclamado o
sangue de Cristo, como seu sacrifício expiatório, tiveram o perdão aposto ao
seu nome, nos livros do Céu; tornando-se eles participantes da justiça de
Cristo, e verificando-se estar o seu caráter em harmonia com a lei de Deus,
seus pecados serão riscados e eles próprios havidos por dignos da vida eterna”
(p. 487). Logo, os crentes adventistas têm pecados perdoados, mas não
cancelados. O cancelamento só se dará se o seu caráter estiver em harmonia com
a lei de Deus, para que sejam dignos da vida eterna. Salvação por fé (Rm 5.1)
ou salvação por obras? “Ora, àquele que faz qualquer obra não lhe é imputado o
galardão segundo a graça, mas segundo a dívida. Mas àquele que não pratica, mas
crê naquele que o justifica o ímpio, a sua fé lhe é imputada como justiça” (Rm
4.4-5). Porventura, isso significa que alguém deve ser julgado digno da vida
eterna por estar vivendo em harmonia com a lei de Deus? Ainda EGW declara:
“Nunca se deve ensinar aos que aceitam o Salvador, conquanto sincera sua
conversão, que digam ou sintam que estão salvos. Isto é enganoso” (Parábolas de
Jesus, p. 55, citado em 95 Teses, p. 133).
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Seria interessante postar a verdade sobre o cristianismo, pois todas as igrejas são farinha do mesmo saco.
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